Sábado, 1 de Junho de 2013
À Célia, minha filha.
Ainda há pouco eras criança
E brincavas com teu irmão
Na inocência de uma ilusão
E de uma vida tranquila e mansa.
Mas o tempo corre, avança
E corta esse comum chão
Abrindo a teus olhos a vastidão
Doutro mundo, doutra esperança.
Foste para a cidade pequena
Estudar para seres alguém
De onde saíste também
Depois de completa a cena.
Já ali, teu coração palpitou
E acordou para o lado sonhador
Sentindo a atracção do amor
Por aquele que tua graça ganhou.
Logo foste para a grande cidade
Frequentar Ciências da Economia
Curso que acabarias um dia
Licenciada pela Universidade.
Pouco depois vem o casamento:
Um acto de responsabilidade
Que amadureceu com a idade
E obriga a novo comportamento.
Chegou a hora da responsabilidade
De trazer ao Mundo uma criança
Que rompeu as trevas como uma lança
E trouxe o rosto da felicidade.
A ti que te sentes realizada
Por teres o Tiago e seres Mãe
Apenas posso dizer Ámen
A esta missão tão Sagrada.
Que o Tiago que de ti nasceu
Em dez de Setembro passado
Seja feliz e esteja destinado
A vida de permanente jubileu.
O Tiago é uma dádiva celeste
Um ser seráfico e inocente
Que deve ser acolhido docemente
Em festa e que ninguém moleste.
Não posso regatear-te os parabéns
Pela causa agora acontecida;
Por mais vida teres dado à vida
E teres-te juntado ao rol das Mães.
Eu, que estou no caminho de regresso
E pouco posso esperar da vida
Dou minha missão por cumprida
E a Deus nada mais peço.
Ticarlos